Tanta coisa!…

Pois é! Eis que, depois de uns três meses, volto a escrever no blog!

E não foi por falta de assunto, não! Tanta coisa aconteceu!…

Teve a Copa do Mundo (aquele fiasco!), teve a morte da Gezebel, teve a última música do a-ha, completei um ano aqui em casa…

É, pois é, a Gezebel, a nossa gata mais velha, morreu, logo após completar 17 anos! Fazia quase um ano que eu não a via… Um dia, minha mãe me ligou e disse que a Gez tinha morrido.

Vou resumir dizendo que, se eu fosse trazer algum dos gatos aqui pra São Paulo, teria sido ela. E nem ela, eu trouxe.

Aliás, aproveitando para juntar os assuntos, dia 15 de agosto, fez um ano que eu me mudei pra cá! Gente, nem dá para acreditar! Passou MUITO rápido! Parece que foi ontem!

Acho que vou dizer apenas que tem horas que é bom e tem horas que é ruim ser sozinho. E não, ainda não consegui deixar a casa do jeito que eu queria! Ainda tem coisas que eu preciso pôr no lugar!

E, por falar em pôr as coisas no lugar, o a-ha lançou sua última música: “Butterfly, Butterfly (The Last Hurrah)”.

Simplesmente, não consigo parar de ouvir essa música. Hoje, ouvi umas quatro vezes, mas teve um dia, acho que foi quinta, que eu ouvi SEIS vezes!

Essa música tem um aspecto triste, na verdade: é oficialmente a última música deles! E isso, assim, fica bem claro em alguns trechos da letra, quando eles falam em “não ter motivo pra ficar”, por exemplo, ou em não ter que se preocupar com o que vai ser amanhã. Aliás, a última frase da música é “vocês podem ter certeza disso”. Sem falar de outra coisa, da imagem da borboleta, quer dizer, aquela coisa de sair de um casulo, ganhar asas e voar. Se libertar de algo, em suma.

No videoclipe, aliás, essa impressão é reforçada: a câmera, sem pudor algum, focaliza bem as rugas (rusgas?) no rosto dos integrantes do grupo, que também não se preocupam em escondê-las, ao mesmo tempo em que passam imagens de clipes como “Take on Me” e “Cry Wolf”, mostrando como eles eram antigamente, o que dá uma impressão de “vejam como éramos e como estamos! Já deu, né?”. Passa, mesmo, uma imagem de cansaço. Sem falar naquele abraço no final, quando eles se entreolham, dão um sorrisinho, como quem diz “fizemos uma coisa boa, não fizemos? Podemos ir”. Na boa, nessa hora do abraço, eu quase chorei! Senti os olhos bem úmidos!

Ah, convém lembrar que o a-ha já teve um hiato entre Memorial Beach (1993) e Minor Earth, Major Sky (2000), sendo que cada um fez sua carreira solo, na época – Morten Harket chegou a vir ao Brasil para divulgar seu disco, acho que em 1995 ou 96.

Pra mim, isso fica muito triste, também, porque o a-ha era a banda que estava tocando quando aconteceram as coisas mais importantes da minha vida! Tipo, eu já ouvia “Take on Me”, “Hunting High and Low”, “Cry Wolf”, sem saber que as músicas eram deles, mas, em 1988, quando eles lançaram o disco Stay on These Roads, eu comecei a me inteirar mais da história do grupo, ainda mais com a vinda deles para o Brasil, no ano seguinte – tenho as fitas cassete com os shows, até hoje! – quando as rádios começaram a tocar as músicas anteriores de novo e eu fui juntando as coisas.

E que ano foi 1988! Aconteceu de tudo! Pro bem e pro mal – e o a-ha era a música de fundo! Ok, não foram só eles, teve muito mais, teve Pet Shop Boys, Paralamas, Duran Duran, claro, teve várias e várias bandas na minha trilha sonora, mas a impressão que eu tenho é que, quando as coisas mais importantes estavam acontecendo, era a-ha que eu estava ouvindo. Aliás, 1989 também foi outro ano bem movimentado – e, como eu já disse, com direito a show do a-ha no Brasil (não, eu não fui, infelizmente).

Inclusive, num dos piores dias da minha vida, eu estava ouvindo o Minor Earth, Major Sky – o disco é maravilhoso, mas eu não consigo ouvi-lo sem sentir arrepios, até hoje, por causas das lembranças daquele dia. Como diz uma faixa desse disco, a que marcou mais, “The Sun Never Shone That Day” (o Sol nunca brilhou naquele dia – e não brilhou, mesmo)!

Voltando a “Buttefly…”, o fato de eu estar com essa música na cabeça direto pode ter a ver com o meu momento, também. Um ano morando sozinho. Saí do casulo – ou será que ainda preciso sair? Abri minhas asas – ou será que ainda preciso abrir? Voei? Passei por uma metamorfose? Será?

De qualquer forma, tenho todos os discos deles, alguns vídeos e muitas, muitas memórias. Não sei como dizer obrigado em norueguês, nem eles sabem ler português, então, não vou ficar fazendo agradecimentos aqui. Até porque este é um daqueles momentos que conseguem deixar até um tradutor (eu) sem palavras.

E isso não é pouca coisa!

Pra terminar, claro, “Butterfly, Buttefly (The Last Hurrah)”:

FUI!

Comentários

Vc escreve tão bem, Fabiano! Que bom que voltou. Nada de preguiça, hein rapaz? A preguiça mantém a infelicidade! ;)
Eu nunca tinha ouvido essa música, muito bonita. Em 1988 a trilha sonora da minha vida era... Xuxa? rsrs
Bom, lamento pela Gez.
Quanto à sua mudança para Sampa, mais um ciclo se encerrou... e um novo se iniciou.
O que sairá do casulo? Uma linda borboleta? Ou uma borboleta mais forte e portanto mais resistente às agruras da vida???
Espero que saia do casulo uma mistura das duas coisas!
Bjo Bjo =*