Momento Pipoca: Avatar (EUA, 2009, ****1/2)

Pois é, finalmente, eu consegui ver aquele que muitos consideram o filme do ano - do ano passado, digo. E, olha, é mesmo!
Avatar mostra a história de Jake Sully (Sam Worthington), um fuzileiro terráqueo que acaba indo parar em Pandora, uma lua de um planeta longínquo, para ajudar a proteger uma operação de extração mineral de uma empresa (sim, o filme se passa no futuro). O principal problema dos empresários de nosso planeta é "contornar" os nativos locais, os Na'vi. Para fazer um contato pacífico com eles, é criado o Programa Avatar, chefiado pela doutora Grace Augustine (Sigourney Weaver), que consiste em criar um corpo, misturando DNA humano com DNA na'vi e jogar a consciência de um humano lá dentro! É assim que Jake, que é paraplégico, acaba ganhando um novo corpo e a chance - e a missão - de se infiltrar na sociedade Na'vi. E, para aprender os costumes desse povo, ele será guiado por Neytiri (Zöe Saldana), por quem acabará se apaixonando. E, na hora do "vamos ver" (ora, há militares no planeta, para proteger a operação toda), ele terá que escolher de que lado vai ficar.
Já deu pra perceber que a história não é nenhuma maravilha. O desenvolvimento de personagens também não é. O trunfo do filme é outro.
Muito se falou nisso, já: o grande mérito de Avatar é criar um novo mundo e tornar esse mundo absurdamente verossímil! Seja na vegetação, seja nos costumes dos Na'vi, seja nas roupas e máquinas dos humanos, tudo parece real, parece existente ou perfeitamente possível de existir. As paisagens são belíssimas! Os nativos do planeta têm costumes que puxam para o africano. Tudo isso vai criando uma sensação de familiaridade na platéia terráquea (nós), mas, ao mesmo tempo, uma sensação de maravilha, de fascínio, de "uau"!
E não só: as cenas de ação, de exploração, de batalhas são maravilhosamente orquestradas, coisa de prender na cadeira, mesmo! É uma história simples, sim, só que contada com maestria - é difícil não torcer pros mocinhos! Mesmo já sabendo como a história vai acabar, a gente fica torcendo e, quando o esperado final chega, a sensação é de alegria! Afinal, o filme acaba exatamente como tem que acabar!
E Avatar tem umas sacadas muito boas do lado ecológico, também: fala sobre preservação da natureza, sobre a ligação com a natureza sem ser chato, muito menos planfetário. Aliás, é uma sacada muito boa: os Na'vi possuem conectores naturais, biológicos, com outros animais de Pandora, e também com as plantas - que estão ligadas por uma rede biológica planetária! Pra um mundo que já vive em rede (o nosso), é um jeito superinteligente de transmitir a mensagem de preservação ambiental sem encher as paciências de ninguém!
Resumindo como isso, Avatar é um fantástico exemplo de cinema de entretenimento, que, aliás, é o verdadeiro motivo de se entrar numa sala de cinema, certo? É divertidíssimo, prende na cadeira, impressiona (ainda mais se visto em 3D), faz todo mundo torcer pelo mocinho e, caramba, deixa sem fôlego no final!
Ou seja, FILMAÇO!!

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