Um mês!


Eis que tem um bebê na minha casa, no meu colo, e, ei, esse bebê é meu filho!
Faz um mês, só. Como disse a Mi, parece que ele sempre esteve aqui e parece que isso é absolutamente novo - ao mesmo tempo! Eu ainda não sei se eu saquei tudo o que está acontecendo!
O que eu já saquei é que não é algo que dá para "planilhar", determinadas coisas não são automáticas, o bebê segue os horários dele, que podem ser precisos ou não, e tem frustrações envolvidas - afinal, isso é um sonho realizado, tornado realidade, e a gente sabe como é a realidade, né?
Mas eu já saquei também que os melhores momentos do dia são aqueles em que estou com o Nícolas no colo! Pena que minha coluna discorda. Escoliose é f… Aliás, como eu queria poder mandar um recado para o meu eu de 1986 ou 87 dizendo "guri, cuida melhor da tua coluna, que você vai precisar dela quando seu filho nascer"!
(Uma das piores coisas da vida é que a gente aprende determinadas coisas tarde demais.)
Outra coisa é que ter um filho me pôs em contato com a morte e com a vida: minha idade (46, no momento que escrevo isto) nunca me foi tão clara e dolorosa, e também sinto o sopro da Vida, o tempo do meu filho acabou de começar. Cada coisinha que ele faz, cada movimento, cada soneca, cada olhar curioso me dão uma injeção de ânimo há muuuuuuuuuuito necessária para este ser fora de sua época.
O meu tempo já se foi há muito. Só que, agora, pego carona no tempo do Niki.

No mais, ter um filho traz de volta a fofura e a fantasia: é nuvenzinha sorridente, é bichinho andando de trem, é a bochecha fofinha que dá vontade de morder! O ambiente fica mais leve, com as influências infantis dando um chega-pra-lá nas coisas adultas. E isso é maravilhoso!
Mas, enfim, eis que chegou o primeiro mesversário do meu filho. Estou ansioso (e amedrontado) pelo que vem por aí! Pena que não vai dar para comemorar direito, por causa da pandemia! Rezo para podermos comemorar direito nas próximas datas.

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