Um ano...

 Estava eu conversando com minha esposa, quando percebemos que já deu um ano que fomos forçados a adotar o home office. Um ano que a maldita pandemia nos afastou das pessoas que amamos, acabou com nosso estilo de vida, matou tanta gente, deixou sei-lá-quanta gente desempregada…

Foram meses bem tensos. Tivemos que criar uma nova rotina, que foi prontamente derrubada quando a Mi ficou grávida. Para piorar, foi uma gravidez de risco, e, com pandemia e tudo, de vez em quando, tínhamos que dar um pulo no hospital... Chegou um momento em que mandamos a precaução às favas e pedimos ajuda, porque não estávamos dando conta da situação! Mesmo sabendo que isso acarretaria riscos para nós e para os outros. Entre a possibilidade da COVID e a certeza da insanidade, optamos pela primeira.


Hoje, estamos aqui, novamente trancados em casa. Por conta do agravamento da situação, tivemos que fechar as portas de casa. Nesta semana, volto ao trabalho, mas não ao escritório. Certeza absoluta de que não volto pra lá este ano. Não sei se volto um dia. Periga ficar em home office para sempre. Um sonho para alguns, um pesadelo para outros (eu, por exemplo). Também não sei quando vou conseguir levar meu filho para dar um passeio. Moramos em apartamento, nosso prédio não tem área de lazer, o Sol mal bate aqui. Só saímos quando não tem outro jeito - o que, ultimamente, resume-se a consultas médicas. 


Precisamos de que a vida volte ao normal. Só não que não há sinal de que isso vai acontecer tão já. O duro é que o resto da vida não para, né? As contas ainda precisam ser pagas, as outras doenças ainda precisam ser tratadas, as saudades precisam ser mortas… 

E, por favor, não me venham com esse papo de "novo normal". Isso que estamos vivendo não é normal sob NENHUM ponto de vista! Normal vai ser quando eu puder levar a Mi e o Niki para dar um passeio no Ibirapuera e sem máscaras!

Será que um dia isso vai acontecer?


No mais, meu único alento é que meus pais vão tomar a primeira dose da vacina hoje!


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